“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam”. João 5,39

domingo, 18 de setembro de 2011

As obras da carne e o fruto do Espírito.

O CONFLITO NA ALMA.
As obras da carne e o fruto do Espírito (Gl 5.16-26).
O cristão é um ser que vive em dois mundos ao mesmo tempo, em vista disso vive constantemente em estado de tenção e atenção.
A vida cristã é um campo de batalha. Trava-se nesse campo uma guerra sem trégua entre a carne e o Espírito. O que gera esse conflito é que a carne e o Espírito têm desejos diferentes.

Fomos salvos da condenação e do poder do pecado, mas não ainda da presença do pecado. Por esta razão precisamos ter consciência que ainda vivemos em um mundo corrupto; onde o pecado alastra-se como fogo em palha seca, os cristãos precisam combatê-lo com muita tenacidade.

A "carne" representa o que somos por nascimento natural, e o "Espírito", o que nos tornamos pelo novo nascimento, o nascimento do Espírito. Portanto, carne e Espírito são opostos entre si. São inimigos ferrenhos e irreconciliáveis. Fazer a vontade da carne é entristecer o Espírito, pois os impulsos da carne são inimizade contra Deus. A carne apela para aquilo que é sujo, aquilo que é demasiado ruim no homem. Os seus desejos são impuros, que só levam para a morte.
O apóstolo Paulo procura deixar bem claro para os seus leitores que existe um conflito se desenrolando dentro dele (Gl 5.16-18), mas sabe que o controle pode ser exercido por um ou pelo outro. È impossível obedecer a carne e o Espírito ao mesmo tempo.

O que a Bíblia diz sobre a carne não é nada animador: "Na minha carne não habita bem nenhum" ( Rm 7.18 ). "A carne para nada aproveita" ( Jo 6.63 ); "... Não confiamos na carne" ( Fp 3.3); "Porque se viverdes segundo a carne morrereis" (Rm 8.13). Viver na carne é totalmente o inverso de viver no Espírito.

A carne promove o mal; o Espírito exalta o bem. A carne é inimiga de Deus; o Espírito aproxima o homem de Deus. A carne escraviza; o Espírito liberta. A carne mata; o Espírito vivifica; a carne puxa para baixo; o Espírito leva para o céu; a carne atormenta, mas o Espírito nos traz consolo, paz e segurança. Ser dominado pela carne é ser escravo do pecado. A carne não pode agradar a Deus (Rm 8.8); ela é essencialmente hostil a Deus (Rm 8.7). A velha natureza é como um porco que sempre sente prazer e conforto em revolver-se na lama, sempre procurando algo imundo para mexer. A nova natureza é como a ovelha ou semelhante a pomba, sempre ansiando aquilo que é limpo, puro, nunca revolvendo carniça.

COMPREENDENDO AS OBRAS DA CARNE ( Gl 5.19-21).

Depois de falar do conflito entre a carne e o Espírito, o apóstolo Paulo passa a falar mais detalhadamente sobre as obras da carne na vida daqueles que, se continuarem vivendo assim não herdarão o reino de Deus.
Há outras listas de pecados semelhantes a essa nos escritos de Paulo ( Rm 1.18-32; I Co 5.9-11; 6.9; II Co 12.20,21; Ef 4.19; 5.3-5; Cl 3.5-9; I Ts 2.3; 4.3-7; I Tm 1.9,10; 6.4,5). Essa lista, embora seja extensa, não é exaustiva, pois não esgota o fétido poço das obras da carne, uma vez que Paulo conclui dizendo: "... e coisas semelhantes a estas" ( 5.21).

Vamos classificar essas obras da carne em quatro grupos.

1) Os pecados sexuais ( Prostituição. Impureza e Lascívia).

2) Os pecados religiosos ( Idolatria e Feitiçarias).

3) Os pecados sociais ( Inimizades, Porfias, Ciúmes, Iras, Discórdias, Dissensões, Facções e Invejas).

4) Os pecados pessoais ( Bebedices e Glutonaria).

Em breve daremos prosseguimento ao nosso estudo e analisaremos mais detalhadamente cada uma dessas palavras. Aguarde...

    

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