“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam”. João 5,39

sábado, 16 de abril de 2011

A Doutrina Bíblica da Oração


Semelhante as grandes doutrinas da Bíblia tais como bibliologia, teologia, cristologia, pneumatologia, angelologia, a oração também se divisa nas Sagradas Escrituras como doutrina.
Sendo seu ensinamento necessário para a igreja de cristo em dias difíceis como o nosso. É nesse artigo que faremos uma exposição clara e sistemática da doutrina bíblica da oração. Seja edificado e veja se suas orações estão nos padrões divinos.

O QUE É ORAÇÃO
 A oração é antes de tudo uma dádiva divina, que demonstra o desejo de Deus se relacionar intimamente com suas criaturas.
Tanto na antiga aliança, quanto na nova aliança o poder da oração foi usado como recurso primordial pelo povo de Deus nas grandes batalhas da fé, nas quais a fé prevaleceu e mais uma vez não se teve dúvidas, a oração é uma arma. Mas vamos ver qual o significado real desse exercício chamado de oração.

Definição lingüística: Súplica dirigida a Deus ou a qualquer entidade sobrenatural (Grande Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa- Nova Cultura).

Definição Bíblica: Ato pelo qual o crente, através da fé em cristo (Jo 15.16) e mediante a ação intercessora do Espírito Santo (Rm 8.26) aproxima-se de Deus (Hb 11.6) tendo como objetos adorá-lo e rende-lhe ações de graça (1° Ts 2.1-2) e apresento-lhe petições de acordo com seu supremo e inquestionável vontade (1° Sm 12.13).

Definição Etimológica: O termo oração, do grego proseuché, significa invoca, pedir ou suplicar a uma divindade.

Além das definições acima, existem outras definições que foram dadas a oração devido ao seu poder. Por exemplo:
A oração é um diálogo entre o homem e Deus.
A oração é um anseio da alma pecadora por um Deus que lhe atende.
A oração é a confissão de uma alma sedenta.
A oração é o desejo ardente do pecador em relação a Deus.
A oração é a respiração natural da vida cristã.
A oração é o conjunto de formas de comunhão com Deus.
A oração é o suspiro da alma. E por fim...
A oração é a força mais poderosa que existe no universo.
Oração é um elo que liga a terra as regiões celestiais, que liga criatura ao criador, que liga o limitado ao ilimitado, que liga o imperfeito ao perfeito.

PORQUE ORAR

Semelhante aos santos mandamentos que explicam de forma clara o desejo de Deus para com os homens, a oração também transcorre como ordenação divina nas Sagradas Letras (Sl 2.8; Is 55.6; Mt 26.41; Lc 10.2).
Na Bíblia existem alguns termos que indicam inequivocamente a hiperatividade desse exercício cristã. São eles:

a) Orai (Sl 122.6; Mt 5.44 ;24.20; 26.41; Mc 13.3; 19.38; Lc 6.28; 1°Ts 5.17; Tg 5.16).
b) Buscai (1°Cr 16.11; Sm 27.8; 105.4; Is 55.6; Am 5.4; Sf 2.3; Mt 6.33;7.7; Lc 11.9; 12.31; Cl 3.1).
c) Pede (1° Rs 3.5; 2°Cr 1.7; Sl 2.8; Is 7.11; Mc 6.22).
d) Pedi (Zc 10.1; Mt 7.7; Lc 11.9; Jo 15.7;16.24; Tg 1.5).
e) Rogai (1° Sm 12.18; Jr 37.3; 42.2; Mt 9.38; Lc 10.2).
f) Clamai (Jr 33.3)

Além das muitas referências acima que mostram que a oração é um mandamento. Transcrevemos outros motivos que explicam porque orar.

a) PORQUE É UM DEVER (Lc 1.18).
Dever é ter a necessidade descumprir alguma coisa. Você tem comprido seu dever? Você tem orado freqüentemente? Se sua resposta for não sua relação com Deus esta correndo perigo.
Se soubéssemos o poder da oração seríamos como Daniel, que três vezes ao dia se colocava em oração: Orava e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer (Dn 6.10).
Entre nos átrios do Tabernáculo do Altíssimo. Seja freqüente! Deixe que o Espírito Santo lhe conduza a orar. Buscar a Deus é nosso dever e obrigação.

b) POR QUE NÃO SABEMOS QUANDO CHEGARÁ O TEMPO (Mc 13.33).
No capítulo 13 do Evangelho de Marcos temos quatro advertências as quais são pronunciados nos versículos 5, 9, 23, e 33. Na última citação (v.33) Jesus repete o que disse em outras duas citações (v.v. 9,23): Estávamos de sobreaviso, desta vez acrescentando o conselho: Olhai, Vigiai e Orai.
Jesus aqui nos diz olhai, isso por causa dos sinais que aconteceriam antes da sua vinda, os quais marcam o tempo do fim. São eles:           

            O  aparecimento de falsos Cristos (v. 6, 21, 22).
            As guerras: nações contra nações (v. 7-8).
            Perseguição aos santos (v. 22).
            A pregação do Evangelho a todos os povos (v. 14).
            O aparecimento de falsos profetas, com operação de sinais e prodígios (v. 22).
            Os poderes dos céus serão abalados ( v.v. 24, 25).

E ao termino da prescrição desses sinais, Jesus diz: Assim também vós, quando virdes sucederam essas coisas, sabei que já está perto, às portas (Mc 13.29).
Jesus também fala da vigilhança o qual é uma exortação incisiva em toda Bíblia (Mt 24.42; 25.13; 26.41; Mc 14;34; Lc 12.37;21.36; Ap 16.15) e é repetida nos versículos 35 e 37.
A vigilhança tem haver com observar atentamente, tomar cuidado, estar acordado, velar com toda atenção, se posta como sentinela, precaver-se. Você tem vigiado? Como tem procedido? Estarás velando e precavido quando vier o teu Senhor?
A oração tem haver com a preparação do crente, podemos aqui comparar com um homem que vai viajar, mas antes ele se prepara, ou ainda o preparativo para o nascimento de uma criança.
Será que você tem dado importância a vinda de Cristo? Será que você esta se preparando? Ou melhor, será que você está preparado? Não ouse adiar os preparativos, pois as conseqüências podem ser catastróficas (Am 4.12).

c)PARA NÃO CAIRMOS EM TENTAÇÃO(Mt 26.41)
As tentações são investidas de Satanás contra o povo de Deus, as quais são frustradas quando colocamos nossos joelhos no chão e oramos.
Na carta de Tiago, capítulo 1 e versículo 13 encontramos a seguinte declaração: Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. O termo “tentar” aqui tem haver com um “convite a prática do mal” o que segundo Tiago não procede de Deus, mas, da cobiça interior do homem (Tg 1.14). Sendo assim podemos dizer que Deus não nos conduz a tentação, mas que ele prova-nos (Gn 22.1).
                                                                                 
                                                                                                                           continua...

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